quarta-feira, 28 de agosto de 2013

“Eu chorei, como eu chorei. Perdi inúmeras noites de sono chorando. Me afundei em musicas tristes e panelas de brigadeiro. Mas, você me conhece, eu sou ótima em fingir que eu to bem, então não deixei transparecer pra ninguém, até porque não era necessário, eu tinha que passar por tudo isso sozinha, pra provar pra mim mesma que eu não precisava de você. E em um período de um ano, 365 dias, 8760 horas, eu fui além do fundo do posso. Eu chorei praticamente todo dia, desenvolvi uma dor de cabeça que todos os médicos insistem em falar que é emocional, tomei remédios pra dormir por dois dias seguidos. Mas, sem perceber, eu me levantei e me dei valor. Eu comecei a sorrir de verdade, comecei a estar feliz de verdade. E quase nunca lembrava de você, e quando lembrava era uma coisa bem passageira. Mas, eu tive certeza que eu superei, quando você falou comigo uns dias atras e meu mundo não se abalou, como sempre acontecia antes. Trocamos duas ou três frases e eu não senti aquela vontade absurda de falar mais com você. Eu só te respondi por pura educação, assim como a gente cumprimenta um velhinho simpático na rua. E eu consegui provar pra mim mesma que não, eu não preciso de você, e também não posso ficar chorando a minha vida inteira por alguém que não vale a pena. Então, eu levantei, tomei um choque de realidade, conheci gente nova, fiz novas amizades e o melhor de tudo, fui te esquecendo aos poucos.”

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